A festividade do Bolo Lunar, a segunda mais importante do ano, faz parte da milenar história chinesa e narra uma lenda muito interessante que merece ser lembrada, mais uma vez, nas páginas do "Dialogando".
Entre muitas evocações mimosas da Lua, vale a pena recordarmos a do imperador chinês Meng Uóng, que se enamorou da Lua. Era tão ardente a sua paixão que queria a toda a força ir à Lua. Conduzido pelo sábio Tien-o-Tzê seu aio e mestre, iniciaram a viagem, apoiados num tronco nodoso de cerejeira. Disse-lhe o sábio: - <> e depois de mil peripécias, alcançaram a Lua. Encontraram uma escadaria de marfim, onde, no alto, toda luminosa, viram SEONG-NGó a castelã da Lua, cujo marido, o archeiro Hau-Ngai, era famoso por ter abatido com setas certeiras nove sóis, um a seguir ao outro, merecendo desta forma a Pílula da Imortalidade. Porém, quem a comeu foi a sua mulher Seong-Ngó que se tornou desde então imortal e se refugiou na Lua. Assim Seong-Ngó ostentando toda a sua beleza de imortal, apontou o cimo de uma colina próxima, onde o Coelho de Jade, diante do almofariz, preparava o remédio contra todos os males. é o elixir da imortalidade. Quanto ao bordão de cerejeira, plantado na superfície musgosa da Lua, conta a lenda que ganhou ramos, folhas, flores...
Segundo o calendário chinês, na décima-quinta noite da oitava lua do ano, a noite mais brilhante do ano, quem olhar para a Lua, pode ver a imortal Seong-Ngó junto da cerejeira, e a silhueta do Coelho de Jade, debruçada sobre o almofariz, triturando o "Elixir de Jade" remédio miraculoso contra todos os males. Se não conseguir ver, feche os olhos. No espelho da imaginação tudo pode acontecer como queremos.